A Comissão Especial de Estudos sobre a População em Situação de Rua foi a campo conhecer os serviços municipais de assistência social direcionados especialmente para os moradores de rua. Nessa sexta-feira (25/05), o presidente da Comissão, Luiz Rossini (PV) e Paulo Haddad (PPS) estiveram no Centro Pop II, localizado na Rua José Paulino, no centro da cidade.

Centro Pop II

A unidade tem capacidade para atender até 100 moradores de rua por dia, acima de 18 anos. Lá os vereadores tiveram contato com ideia do projeto: um espaço para que essas pessoas possam recuperar a sua autoestima e voltar para o convívio com suas famílias e trabalho. Além disso, outra proposta é favorecer a mudança do olhar da sociedade em relação às pessoas em situação de rua.

O Centro Pop II oferece recepção com bagageiro, sala de atendimento psicossocial, sala de reunião, classe da Fundação Municipal para Educação Comunitária (Fumec), classe de inclusão digital, auditório para palestras com a saúde e outras políticas públicas, refeitório, espaço para higienização pessoal e de roupas, reuniões socioeducativas e assembleias.

“Foi muito importante conhecer essa unidade. São mais de 30 mil atendimentos por ano. Nem todos conhecem como funcionam as ações de assistência em Campinas”, disse o vereador Rossini. “Tivemos relatos de muitas histórias que merecem ser registradas”, completou Paulo Haddad.

Consultório na Rua

Na manhã da última terça-feira (22/05), Rossini foi conhecer o trabalho do Consultório na Rua, um programa que leva atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) à população em situação de vulnerabilidade das ruas em um veículo adaptado que percorre áreas centrais da cidade. O encontro ocorreu no Largo do Pará, e Rossini foi recebido pela Alcyone Januzzi, coordenadora da equipe.

O Consultório na Rua é composto por uma equipe multidisciplinar que conta com médicos, psicólogo, assistentes sociais, auxiliares de enfermagem, enfermeiro e redutores (pessoas que trabalham com a política de redução dos danos causados pelas drogas).

O foco do atendimento se dá principalmente nas doenças ou condições que mais atingem os moradores de rua, como tuberculose, alcoolismo e combate ao crack e outras drogas. Ele também trabalha para orientar a população sobre doenças, como as sexualmente transmissíveis e hepatites. Curativos, testes de diabetes e medição de pressão podem ser feitos na hora do atendimento.

Casa da Cidadania

Na noite de terça, Rossini também foi conhecer a Casa da Cidadania. Lá estava Silva Brito, diretora da Secretaria de Assistência Social e outros técnicos da área. O espaço abre diariamente das 16h às 22 horas. A unidade fica na Rua Francisco Theodoro, 138, Vila Industrial. A proposta desse serviço é contribuir para melhoria da qualidade de vida da população migrante, itinerante e em situação de rua de Campinas por intermédio do resgate e da reinserção social e familiar.

No local, as pessoas podem tomar banho, participar de atividades em grupo e de socialização e também passam por atendimento social.

A distribuição de alimentação ocorre de segunda a sexta-feira entre 19h e 21 horas e aos finais de semana das 12h30 às 14h30. A entrega das refeições é uma ação realizada por entidades religiosas e grupos voluntários. Eles distribuem mais de 100 refeições por dia.

“Todo o trabalho desenvolvido pelo setor de assistência social constará no relatório. Pudemos observar que os serviços prestados são de excelente qualidade”, afirmou Rossini.